Bate e Volta a Innsbruck

Virna Miranda
6 de nov. de 2019
5 min de leitura

Atualizado: 23 de fev. de 2024

Concluído nosso roteiro pela Rota Romântica, ainda tínhamos um dia para curtir a região dos Alpes, antes de partirmos para Praga, a última etapa da nossa viagem. Situada na fronteira entre a Alemanha e a Áustria, a estadia em Füssen oferece a possibilidade de alguns passeios bem legais para um bate e volta (marquei algumas opções no mapinha acima). Decidimos conhecer a famosa estação austríaca de inverno, Innsbruck, com direito a uma esticada para visitar uma pequena jóia escondida no interior da Áustria: o Museu Swarovski. No post Swarovski Kristallwelten: o fantástico mundo dos cristais, conto com detalhes como foi esse programa imperdível.

Nosso passeio para Innsbruck

Saímos cedinho do Haus Diana, nosso hotel em Reutte, já no território austríaco. Optamos pela estrada que vai subindo o Alpes, que apesar de sinuosa, tem vistas espetaculares. Cada curva reserva uma surpresa: rios serpenteando pelas montanhas, lagos de água cristalina, vilarejos que parecem perdidos no tempo, vacas pastando em pastos tão verdes que você se sente em uma propaganda de chocolate suíço.

Paramos no Rasthaus Zugspitzblick na beira da estrada, um café super charmoso, de onde tiramos fotos maravilhosas.

Chegamos a Innsbruck no final da manhã.

O que ver em um dia em Innsbruck

Innsbruck é a capital do estado do Tirol. Centro cultural e econômico do Oeste da Áustria e um dos centros turísticos mais famosos e importantes da região, seu nome significa “Ponte do Rio Inn”.

Localizada no meio dos Alpes, com o Nordkette (Hafelekar, 2.334 m) ao norte, o Patscherkofel (2.246 m) e o Nockspitze (2.403 m) ao sul, Innsbruck é um conhecido centro de esportes de inverno: já foi sede das Olimpíadas de Inverno em 1964 e 1976 e dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em 2012.

ree — No inverno, Innsbruck fica assim, branquinha de neve.

Um passeio pela montanha Nordkette

Fomos direto para o Nordkette, uma das montanhas da cadeia dos Alpes Austríacos que cercam a cidade. Do seu alto é possível um mirante oferece uma vista panorâmica de Innsbruck, então é um passeio muito concorrido mesmo fora da temporada de esqui.

O trajeto até o alto é feito por uma combinação de trem e teleférico em três etapas e leva aproximadamente uns 30 minutos e tem saídas a cada 15 minutos. Se você estiver de carro, pode deixar o carro no estacionamento que é gratuito para quem comprar o ticket de subida na montanha. O grande problema é o preço do ticket: em outubro de 2019 o passeio completo de ida e volta custava € 36.5 por pessoa (aproximadamente R$ 190,00 ao câmbio da época). Para quem vai passar o dia, acho que deve valer muito a pena. Mas a gente tinha apenas uma tarde e queríamos bater perna na cidade, então tiramos umas fotos lindas da cidade vista do alto, tomamos um drink no bar que fica na base estação para dar uma forradinha e abortamos a missão "subida na montanha".

Se você decidir pelo passeio, seguem dicas do que contempla cada etapa:

O primeiro trecho é feito no trem que parte da moderna estação “Congress Station”, obra da falecida arquiteta iraniana Zaha Hadid, passa pela parada “Alpenzoo” e termina na parada "Hungerburg". Esse trajeto leva aproximadamente uns 10 minutos.
Ao chegar na estação de Hungerburg, que fica a 1000 metros de altitude, o trem é substituído por um teleférico que leva os passageiros até a estação de Seegrube e depois até “Hafelekar”, a estação final situada a mais de 2.250 metros. Esse trajeto feito com o teleférico é um pouco mais demorado, cerca de 20 minutos.
Ao chegar à estação de Hafelekar, você fica livre para explorar a montanha. A estrutura lá no alto é ótima e conta com um restaurante com varanda para as pistas. Só fique atento ao horário do último teleférico para descer a montanha, que varia conforme a época do ano.

ree — Bergisel Ski Jump, a pista de salto de ski panorâmico projetada por Zara Hadid

Passeando por Innsbruck

Como tínhamos apenas uma tarde para conhecer Innsbruck, nos concentramos em andar pelo centro histórico, onde estão as principais atrações turísticas da cidade. Paramos o carro em um dos estacionamentos pagos da região e caminhamos até a

Maria-Theresien-Strasse, uma grande alameda para pedestres que concentra dezenas de lojas, cafés e restaurantes e algumas das atrações históricas da cidade. Com mais de 700 anos, essa é a principal rua do centro histórico e um ótimo ponto de partida para nosso passeio. O mais incrível é o visual: o belo conjunto arquitetônico barroco de Innsbruck é cercado pela imponência dos Alpes, que parecem estar protegendo a cidade.

Na primeira foto dessa galeria, observe a coluna de St.Anna ou Annasäule que leva esse nome por ter sido erguida no dia de Santa Anna, em Julho de 1703.

Pertinho dali fica a Stadtturm, ou a torre da cidade, uma construção que chama a atenção com seu teto verde arredondado e que serviu de ponto de observação durante tempos medievais. Se tiver disposição, suba os 133 degraus até o deck de onde é possível curtir outra vista fenomenal da cidade. Como nosso tempo era curto, não encaramos a escalada.

Um pouco mais a frente está um dos símbolos mais famosos de Innsbruck, o Goldenes Dachl ou Teto Dourado. Erguido em 1500 (e o Brasil sendo descoberto...), o telhado do prédio é decorado com 2738 telhas de cobre dourado a pedido do imperador Maximilian, em celebração ao seu casamento.

Durante nossa visita, encontramos um helicóptero estacionado bem em frente ao histórico edifício.

Preparados para os dias frios de Innsbruck, os restaurantes recebem os clientes com mantas quentinhas.

Como a gente adora um mercado, terminamos nosso passeio com uma visita ao Markhalle, localizado em uma praça às margens do Rio Inn. Se você se perder pelo caminho, peça ajuda aos antigos moradores da cidade que ainda circulam por lá.

Na praça do mercado, encontramos alguns food trucks. Já dentro o prédio do Markhalle, garimpamos temperos e outras iguarias locais, e aproveitamos para tomar um café quentinho antes de seguir viagem. Estava na hora de nos despedirmos da lindinha Innsbruck e visitar o Swarovski Kristallwelten: o fantástico mundo dos cristais. Quer saber como foi? Clica no link!

Leia mais sobre os destinos que fizeram parte do nosso roteiro, clicando nos posts abaixo: