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O melhor de Füssen e Reutte

  • Foto do escritor: Virna Miranda
    Virna Miranda
  • 5 de nov. de 2019
  • 6 min de leitura

A região de Füssen foi a última parada da nossa viagem pela Rota Romântica. Localizada aos pés dos Alpes, já na fronteira com a Áustria, a charmosa Füssen é famosa por estar próxima a uma das atrações mais procuradas desse roteiro: o Castelo de

Neuschwanstein, que inspirou uma das mais icônicas criações de Walt Disney, o Castelo de Cinderela, do qual falarei mais abaixo.


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Vista espetacular do Castelo de Neuschwanstein

Mas esse não é único atrativo da região. Lagos cristalinos cercados pelas montanhas com cumes cobertos de neve se espalham ao longo da fronteira do sul da Alemanha e do oeste austríaco, convivendo em harmonia em paisagens de tirar o fôlego. Difícil é escolher o que visitar nesse pedacinho do continente europeu: castelos e palácios de conto de fadas, pontes com mais de 400 metros de altitude, passeios de barco pelas águas deslumbrantes dos lagos alpinos, teleféricos que nos levam até badaladas estações de esqui e proporcionam vistas espetaculares.


Ficamos três noites e dois dias explorando a região, mas confesso que mais um ou dois teriam sido bem-vindos. O tempo não foi suficiente para conhecer tudo o que tínhamos planejado. Mas fazer uma base por aqui é uma decisão acertada, pois dá para fazer vários passeios legais de bate e volta sem precisar ficar trocando de hotel. A nossa foi no Haus Diana, um aconchegante hotel alpino na pequena cidade de Reutte, no lado austríaco.


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Vista para os Alpes da janela do restaurante do Haus Diana

Nota: como Reutte é um destino de esqui e estávamos fora da temporada de neve as tarifas estavam bem mais atrativas que as de Füssen.


Devidamente instalados, partimos para explorar o sul da Bavária.


O Castelo de Neuschwanstein


O maravilhoso Castelo de Neuschwanstein (fala-se noichi-vans-táin e significa 'o Castelo do Cavaleiro Cisne', em referência a Lohengrin, da ópera de Wagner do mesmo nome) é o verdadeiro castelo dos contos de fadas. Inspirou diversas locações de obras de ficção, a mais conhecida e icônica é o castelo da Cinderela, símbolo dos estúdios Disney. Localizado perto do lago Schwansee, na região de Schwangau, o Neuschwanstein é uma das maiores atrações turística da Europa e tem uma história intrigante, que conto a seguir.


O Castelo de Neuschwanstein foi criado pelo rei Ludwig II, da Baviera e erguido sobre as ruínas de dois castelos medievais, entre 1869 e 1873. A inspiração na obra de seu amigo, o compositor Richard Wagner, e o projeto elaborado pelo cenógrafo teatral Christian Jank explicam a natureza fantástica do estilo arquitetônico de Neuschwanstein. Mas sua interessante história mistura encantamento e tragédia: apenas dois anos após assumir o trono, Ludwig II foi forçado a admitir o domínio de seu país pela Prússia. Sonhando em viver como um rei da Idade Média, criou um mundo fantasioso e exuberante em seus palácios, mas sua megalomania estourou as contas públicas e quase o levou à falência. Destituído do trono e declarado louco e incapaz, Ludwig morou apenas 172 dias em Neuschwanstein - poucos dias após sua destituição, foi encontrado morto em um lago, sob estranhas circunstâncias não esclarecidas.

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Rei Ludwig, também conhecido como Luís II da Baviera

Planejando sua visita ao Castelo de Neuschwanstein


A visita ao Neuschwanstein exige planejamento e um pouco de paciência. Pra começar, reserve pela menos 4 ou 5 horas para esse programa, pois a logística da visita é um pouco complexa. O Neuschwanstein fica numa espécie de complexo que inclui também o Castelo de Hohenschwangau, a poucos minutos da cidade de Schwangau. É possível ir de ônibus, mas estando de carro como nós, você estaciona em um dos grandes bolsões para carros localizados nos arredores dos castelos. De lá, caminha-se até uma espécie de vila com lojas, cafés e restaurantes, onde ficam também as bilheterias.



Para evitar as longas filas que se formam para comprar os ingressos, a dica é fazer uma reserva antecipada pelo site do complexo Hohenschwangau, pagando uma taxa de conveniência de 2,50€ por pessoa e já escolhendo o horário do seu tour guiado

de 30 minutos ao interior do castelo (o tour é oferecido em Inglês ou alemão, mas há audio guide disponível em Português - não é permitida a visita sem o tour). Importante: não é uma compra online, é apenas uma reserva que garante seu acesso naquele dia e horário. O ingresso que em 2019 custava 13€ por pessoa precisa ser pago e retirado na bilheteria no dia da visita, com antecedência de 90 minutos do horário escolhido, mas a fila é infinitamente menor do que a de quem não fez reserva, então vale muito a pena. Se você pretende visitar também o Castelo de Hohenschwangau, terá que incluir essa escolha no seu ticket e contabilizar mais algumas horas na sua agenda do dia. Nós só visitamos o Neuschwanstein.


A subida até o castelo


Com ingressos na mão, hora de escolher como subir até o Castelo, que fica em cima de uma colina. Existem algumas opções: de ônibus, de carruagem ou a pé. São 40 minutos de caminhada ladeira a cima. A carruagem pode até soar romântica, mas é uma crueldade fazer os cavalos subirem e descerem aquele morro o dia todo, puxando uma carroça cheia de gente em cima. Fomos de ônibus.


Você pega o shuttle bus ao lado da bilheteria. O ticket é comprado no balcão da pequena estação - são 2,50€ só para subir, 1,50€ só para descer e 3€ o ticket de ida e volta. O ônibus para ao lado da Marienbruck, uma pequena ponte em meio ao trajeto para o Castelo, que proporciona o melhor ângulo para cliques espetaculares do Neuschwanstein.


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Parada do ônibus, na entrada da Ponte Marienbruck

Uma dica que vale anotar: a ponte fica lotada no trecho inicial, onde as pessoas geralmente param, sacam os celulares, tiram meia dúzia de fotos e dão meia volta para seguir o caminho até o castelo.


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Fila para andar sobre a Ponte Marienbruck

Mas não se intimide com a fila, sob pena de perder uma das melhores fotos da sua viagem. Tente ultrapassar essa barreira e caminhe até o final da Marienbruck. Você vai ver que o outro lado é bem mais vazio e você vai poder curtir o visual e fazer seus cliques com tranquilidade, antes de encarar a subida a pé de 15 minutos que faltará para alcançar o Neuschwanstein.


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Vista do Castelo Neuschwanstein da Ponte Marienbruck

Terminada a pequena expedição na Marienbruck, você retorna até o local onde desceu do ônibus e retoma a caminhada até o castelo. Mesmo que você não queira visitar a ponte (o que seria uma pena), terá que fazer esse trecho a pé, pois o ônibus não vai até a entrada do Neuschwanstein.


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Quem tem fé vai a pé!

Bem próxima ao acesso principal existe uma área com lanchonetes e banheiro, onde vale uma parada estratégica antes da visita. Mas olho no relógio: você não vai querer chegar até aqui e perder o horário do seu tour.


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Parada estratégica para uma cervejinha ou um vinho quente, se preferir.

Hora da visita


Depois de toda essa maratona, finalmente chegou a hora de visitar o famoso Castelo da Cinderela. Na entrada, você vai se assustar com a aglomeração de pessoas, mas pode relaxar porque é tudo muito organizado. Os visitantes que vão chegando são encaminhados para um pátio onde existe um grande painel eletrônico que informa os horários de visita dos próximos grupos (o número do seu grupo estará no seu ticket). É só ir acompanhando e quando chegar a hora do seu grupo você se dirige para a catraca e sua entrada é liberada. A partir daí, todos os integrantes daquele grupo percorrerão o interior do castelo juntos.


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Controle de acesso impecável para visitar o interior do castelo

Por incrível que pareça, o interior do Castelo é a parte menos interessante do passeio. O prédio ficou inacabado e a visita inclui apenas alguns cômodos do gigantesco edifício. As fotos são permitidas apenas na parte exterior, mas é de fato o único lugar que vale muito a pena, pois a vista para o vale com os Alpes ao fundo é de tirar o fôlego.


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Dá até para ver a Ponte Marienbruck daqui


Terminada a visita, pernas pra que te quero. São mais 15 minutos de caminhada até o ponto do ônibus. Muita gente encara a descida a pé até a vila lá embaixo - o visual é super agradável e ladeira abaixo todo santo ajuda, mas depois dessa maratona, confesso que o busu foi muito bem vindo.


Schwangau e Füssen


A tarde ainda estava no meio e o dia lindo nos animou para continuar nosso passeio. Pegamos o carro e seguimos para dar uma volta ao redor do lago Schwansee. Na pequena cidade de Schwangau, escolhemos um agradável restaurante na beira do lago para nosso almoço.



Após o almoço, fomos passear pela charmosíssima Füssen. Com aproximadamente 15 mil habitantes, a cidade parece mesmo ter saído de um contos de fadas. O centro histórico é repleto de casinhas coloridas, lojas de souvenirs, bares, restaurantes e cafés espalhados por ruas medievais e rodeado de vales e montanhas.



Com flores por todos os lados e estátuas de bronze a cada esquina, Füssen é mesmo uma das joias da Rota Romântica e o lugar perfeito para encerrar a jornada por essa rota de sonhos.


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Uma pequena amiga misteriosa que encontrei pelo caminho


Saiba mais sobre nossa viagem pela Rota Romântica nos posts que dão Leia mais sobre os destinos que fizeram parte do nosso roteiro, clicando nos posts abaixo:

Nosso roteiro pela Alemanha e Praga


Berlim


Romantikstraße


Áustria


Praga

10 motivos para se apaixonar por Praga

 
 
 

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