top of page

Simplesmente Berlim - parte 2

  • Foto do escritor: Virna Miranda
    Virna Miranda
  • 28 de out. de 2019
  • 6 min de leitura

Atualizado: 23 de fev. de 2024

No segundo dia da nossa visita a Berlim, conhecemos a região central da cidade.


Dia 2: Região Central

Nosso roteiro desse segundo dia em Berlim foi dedicado a percorrer a região central, ao redor do antigo muro que dividia a cidade. Essa região abrange alguns dos principais pontos históricos, como o Palácio de Reichstag (o parlamento alemão), o Portão de Brandemburgo, o Memorial do Holocausto, dentre outros. A maior parte dessas atrações é gratuita e pode ser percorrida a pé.



Palácio de Reichstag


O Reichstag, o prédio que abriga o parlamento alemão (Bundestag), é uma das atrações mais visitadas de Berlim. Projetado por Paul Wallot e inaugurado em 1894, este deslumbrante edifício em estilo neo-renascentista tem dimensões monumentais: 137 metros de comprimento e 97 metros de largura.


Reichstag ao fundo

A cúpula e o terraço podem ser visitados de graça, mas você vai precisar fazer um agendamento com antecedência no site do Bundestag (eu fiz nossa reserva um mês antes da viagem) e escolher o dia e horário da sua visita. Ao chegar ao local, existe uma fila para conferir sua reserva e passar pelo controle de segurança, mas quando fomos, foi tudo bem rápido.


Palácio de Reichstag

Uma vez lá dentro, você retira um audioguia (disponível em português) que é muito legal. Ele vai fazendo uma narrativa sincronizada sobre o parlamento e outros pontos da cidade que você vai vendo à medida que vai subindo a rampa e circulando pela cúpula de vidro. No topo tem um banco circular onde você pode relaxar e apreciar a vista e também um terraço de onde se tem uma vista 360 graus da cidade.




Andando pelo centro de Berlim


Depois da visita ao Reichstag, fizemos nosso primeiro tour a pé pela cidade, que começou pela entrada lateral do Tiergarten, o maior parque de Berlim, coladinho no Parlamento.


Pedalar no Tiergarten é um ótimo programa

Em cinco minutos estávamos no Portão de Brandemburgo, ou Porta de Brandemburgo (em alemão: Brandenburger Tor). O famoso ponto turístico e um dos marcos mais conhecidos da Alemanha é uma antiga porta da cidade, reconstruída no final do século XVIII como um arco do triunfo neoclássico e está localizado na parte ocidental do centro da cidade.



Como estávamos a poucos dias da Maratona de Berlim e o Portão de Brandemburgo era o ponto de partida e chegada dos maratonistas, pudemos ver a movimentação para os preparativos do evento.

Portão de Brandemburgo

O portão é a entrada monumental para a Unter den Linden, a famosa avenida de tílias que anteriormente levava diretamente ao Palácio da Cidade dos reis da Prússia.


Avenida Unter den Linden

Memorial aos Judeus Mortos


Dando continuidade ao nosso passeio, fomos conhecer o Memorial aos Judeus Mortos da Europa (Holocaust-Mahnmal).



Como o nome indica, o Memorial do Holocausto, como é mais comumente chamado, é um memorial dedicado aos seis milhões de judeus mortos durante o regime nazista. Projetado pelo arquiteto Peter Eisenman, o local é uma instalação a céu aberto onde 2.711 blocos de concreto de vários tamanhos ocupam uma área de 19 mil m2. A ideia do arquiteto foi produzir um clima de intranqüilidade e confusão, associado ao sentimento de perda de contato com a razão humana.

Ao andar pelos caminhos estreitos formados entre os blocos simetricamente dispostos, difícil não se sentir perdido e claustrofóbico nesse grande labirinto de concreto cinza.



Potsdamer Platz e Sony Center


Depois da nossa visita ao Memorial do Holocausto, seguimos para a Potsdamer Platz, onde decidimos almoçar e tomar uma cervejinha. O caminho do Memorial do Holocausto até a praça é repleto de atrações ao ar livre.





Uma das principais atrações da cidade, a Postdamer Platz é uma praça/complexo de lazer que oferece muitas opções de lazer, com lojas, bares, restaurantes e salas de cinema. É lá que fica o Sony Center, que com sua arquitetura moderna e arrojada é um dos cartões postais de Berlim mais impressionantes de se visitar.



Topografia do Terror


Nossa próxima parada foi a Topografia do Terror, um museu, ou como também pode ser chamado em alemão, um dos diversos Erinnerungsorten (“locais de lembrança” ou memorial) que existem em Berlim para documentar os horrores praticados pelos nazistas, não deixando que seus crimes e atrocidades caiam no esquecimento gerações atuais e futuras. Com acesso gratuito, uma parte do acervo fica a céu aberto e outra na área interna do museu. Visitamos apenas a área externa, onde uma exposição dedicada à Revolta de Varsóvia de 1944 revela numerosos fatos inéditos sobre um capítulo da Segunda Guerra Mundial insuficientemente conhecido. O clima é sombrio e a história é contada com detalhes.


Área externa do museu Topografia do Terror

O exército de resistência polonês começou o levante contra os ocupadores alemães em 1º de agosto de 1944, visando libertar sua capital, símbolo da independência nacional. Logo após o início do movimento, Adolf Hitler decretara em Berlim "sentença de morte para Varsóvia": todos os seus habitantes deveriam ser mortos, e a cidade, arrasada. Até a capitulação dos revoltosos, três semanas mais tarde, 15 mil deles haviam morrido nos combates, assim como pelo menos 150 mil civis.

Na exposição, mais de 60 murais e meia dúzia de cabines multimídia contam a sofrida história de Varsóvia: de uma metrópole pulsante no começo do século 20, a uma cidade sitiada na Segunda Guerra, passando pelos 63 dias do levante e a subsequente destruição, até a reconstrução depois de 1989, quando se tornou uma cidade moderna, com impressionante perfil arquitetônico.


Apesar do rico conteúdo, saímos de lá um pouco deprês. Passamos rapidamente pelo Checkpoint Charlie, famoso posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental durante a Guerra Fria, ligando o setor americano com o setor soviético. Após a construção do muro de Berlim, as autoridades da Alemanha Ocidental construíram este posto para servir como um ponto de controle para registrar a passagem de membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. Hoje, o Checkpoint Charlie é uma atração turística bastante divulgada, mas confesso que não vimos muita graça no local.



Gendarmenmarkt


A última parte do nosso roteiro era a visita à Gendarmenmarkt, considerada por muitos Berlinenses como a praça mais bonita da cidade.



A praça é composta por três belos e harmoniosos edifícios: no centro a Konzerthaus (Casa de Concertos) e as igrejas "gêmeas" Französischer Dom (Catedral Francesa) e Deutscher Dom (Catedral Alemã). O centro da praça abriga uma estátua do poeta Friedrich Schiller, feita por Reinhold Begas e inaugurada em 10 de novembro de 1871.


Já cansados da grande caminhada, decidimos que era o suficiente para o primeiro e intenso dia de imersão na história de Berlim e encerramos nosso tour pelo centro.


Mas antes, aproveitamos para dar um pulo na lojinha AMPELMANN da Gendarmenmarkt. O famoso "homenzinho do semáforo" tem uma história tão bonitinha e inspiradora que acho que vou contar ela pra vocês.


Lojinha da Ampelmann na Gerdarmenmarkt

Depois de alguns dias turistando pela cidade, você vai acabar se deparando com uns homenzinhos verdes e vermelhos espalhados por pontos turísticos e também nos semáforos. Bom, Ampelmann quer dizer em alemão… homem do semáforo! Os adoráveis homenzinhos coloridos que fazem parte do "folclore" Berlinense nasceram na antiga Alemanha Oriental em 1961, logo depois da construção do muro. A ideia foi do psicólogo de tráfego, Karl Peglau, que acreditava que um símbolo mais empático e divertido para sinalizar as faixas de pedestres poderia ajudar as crianças a aprender a se comportar no trânsito. E assim algumas gerações foram educadas e cresceram na Alemanha Oriental.
Com a queda do muro de Berlim, muitos dos símbolos do modo de vida da Alemanha Oriental estavam condenados ao desaparecimento. E foi assim que em 1994 se decidiu substituir os queridos Ampelmänner (plural) pelos semáforos oficiais da Europa. Mas o destino dos homenzinhos estava selado: dois anos depois, não é que o designer industrial, Markus Heckhausen, resolveu criar uma coleção de produtos usando os descartados Ampelmänner? A imprensa abraçou a iniciativa e os berlinenses se mobilizaram e conseguiram sensibilizar as autoridades para trazer de volta o simpático símbolo.
Hoje, o Ampelmann pode ser encontrado não só em Berlim, mas em algumas outras cidades da antiga Alemanha Oriental (mas esse tipo de sinalização não pode ser utilizado em grandes rodovias e estradas). A história virou livro e tema de divertidos souvenirs, como lápis e ímãs, mochilas e toalhas, roupinhas de bebês e até óculos, que podem ser encontrados em 6 lojas espalhadas pela cidade.

Leia mais sobre os destinos que fizeram parte do nosso roteiro, clicando nos posts abaixo:


Nosso roteiro pela Alemanha e Praga


Berlim


Romantikstraße


Áustria


Praga

10 motivos para se apaixonar por Praga

Commentaires


© 2020 por TENHO ANDADO POR AÍ. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page