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Simplesmente Berlim - parte 4

  • Foto do escritor: Virna Miranda
    Virna Miranda
  • 30 de out. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 23 de fev. de 2024

Dia 4: East Side e Charlottemburg


Estava ansiosa por esse quarto dia de passeio (no dia seguinte pegaríamos o trem para Wurzburg para iniciar nossa jornada pela Rota Romântica), pois eu e Zeca tínhamos combinado dar um rolê em Berlim de bike. Fiz um roteiro especial que favorecesse o deslocamento por ciclo faixas, passando por algumas atrações que queríamos conhecer.


Como comentei no post de introdução, Berlim é muito bike friendly. Ciclovias e ciclo faixas interligam praticamente toda a cidade, e como praticamente não existem ladeiras, até os menos preparados conseguem fazer um passeio divertido e seguro, se sentindo berlinense por um dia.


Pedalando pelo Mitte


Nosso dia começou com um delicioso café da manhã na cafeteria No Fire, No Glory, no bairro do Mitte. A região é bem local e tem vários locais charmosos para um cafe latte com croissant.



Terminado nosso café, fomos até o local onde estavam estacionadas as bikes compartilhadas mais próximas. Nosso rolê começou no próprio bairro do Mitte, onde circulamos por ruas residenciais, calmas, arborizadas, um charme. E logo de cara, nos deparamos com uma boa surpresa: uma deliciosa feira de rua. Estacionamos as bikes e lá fomos nós, nos perdermos entre as dezenas de barraquinhas de flores, essências para chá, frutas, café, pães. Deu vontade de esquecer toda a programação e passar o dia perambulando por aqui.



Fizemos alguns vídeos para o blog de gastronomia de Zeca, tomamos café, compramos ervas e frutas secas para fazer chá, tiramos várias fotos e com muita relutância, montamos nas magrelas e seguimos viagem.


Nossa ideia era chegar até a beira do rio Spree e ir beirando a orla em direção a East Side Gallery. Logo alcançamos a Ilha dos Museus, onde havíamos estado na véspera. As bikes trouxeram outra perspectiva da ilha. Atravessamos a ponte, percorremos as ruas entre os museus e paramos em frente à entrada principal da Catedral de Berlim, que fica de frente para a Lustgarten, uma praça cercada de árvores e com uma fonte no meio. Rodeada por um gramado, o local é frequentado por berlinenses que aproveitam para relaxar nos dias ensolarados.



Rumo a Nikolaivirtel


Saindo da Ilha dos Museus, seguimos para Nikolaiviertel, o charmoso bairro que lembra as pequenas cidades medievais do interior da Alemanha. No dia anterior, a chuva atrapalhou nosso passeio e tivemos que nos abrigar em um restaurante. Desta vez, o tempo estava ótimo: um sol lindo, com um friozinho gostoso para pedalar. Pedalamos por entre as ruas de paralelepípedo de Nikolaiviertel e estacionamos em uma praça repleta de cafés, em frente a St. Nikolaikirche.


A Igreja de São Nicolau é a mais antiga igreja de Berlim

Escolhemos uma mesinha ao ar livre e sentamos para tomar uma cerveja e curtir o visual.




Voltamos a montar nas magrelas e retomamos o caminho na orla do Spree. Logo o sol se escondeu e mais uma vez a chuva deu o ar da graça. Nos abrigamos em baixo de um viaduto e esperamos o aguaceiro passar. Dessa vez foi rápido e logo o sol voltou pudemos seguir viagem.


No meio da nossa rota, nos deparamos com um lugar que despertou nossa curiosidade: uns galpões coloridos na beira do rio, com um entra e sai de gente e uma música que vinha do fundo. Estacionamos as bicicletas na porta e entramos. Por trás dos galpões, estava rolando um evento hiper alternativo. Barracas de comida, gente diferente e colorida circulando com garrafas de bebida na mão, DJs tocando, um astral.



Em um misto de penetras curiosos ou quase locais aproveitando a baladinha de sábado a tarde, compramos umas cervejas e ficamos um tempo por ali saboreando nossa descoberta e fomos em frente.


East Side Gallery


Mais alguns minutos de pedalada e finalmente chegamos na East Side Gallery. Esse é o maior trecho de conservação dos restos do Muro de Berlim. Com 1,3 quilômetro de extensão, a East Side Gallery é considerada a maior galeria de arte ao livre do mundo. As pinturas estão dos dois lados do muro: uma parte voltada para a rua e outra para um parque situado às margens do rio. Em qualquer dos lados, você vai apreciar centenas de grafites de artistas procedentes de todo o mundo. A maior parte é de pinturas de protesto e mensagens que retratam as mudanças trazidas pela queda do muro e evocam a esperança por um futuro livre e melhor.


East Side Gallery

Apesar de interessante (e gratuita), se seu objetivo for entender o que o Muro de Berlim significou para os alemães, eu acho que o Memorial do Muro é mais impactante que a East Side Gallery, O clima é mais sombrio, porém mais reflexivo. Se você não tiver tempo para visitar os dois locais, meu conselho é optar pelo Memorial.


Mais algumas pedaladas e alcançamos o The Wall Museum, um pequeno museu multimídia, que apresenta a história do Muro e da Guerra Fria de forma moderna e interativa. Antes de entrar no museu, resolvemos comer alguma coisa no Pirates Berlim, uma espécie de "bar de praia", com vista para o rio e para a Ponte Oberbaumbrücke. O lugar estava cheio e animado.



Pedimos hamburger, batata frita e cerveja, e na hora de embora, quem aparece? A chuva!!! Nosso plano original era pedalar de volta até o Tiergarten (que estava a 8km de distância). A essa altura, já estávamos pra lá do meio da tarde. Com a chuva, o cansaço da pedalada desde cedo e a molezinha que a comida e a cerveja nos deu, decidimos devolver as bikes e pegar um metrô, de onde seguimos para a região de Charlottenburg.


Fim de tarde em Charlottenburg


O bairro de Charlottenburg fica no antigo lado da Alemanha Ocidental e é um dos bairros mais vibrantes de Berlim - reduto de artistas e intelectuais - repleto de sofisticadas avenidas, com lojas de grife, restaurantes e cafés.


O metrô nos deixou na Savignyplatz, uma charmosa praça, rodeada de bares e restaurantes, onde paramos para tomar um café e comer uma torta deliciosa na famosa Der Kuchenladen.



De lá, caminhamos até a Kurfürstendamm, uma das principais e mais famosas avenidas de Berlim. É um centro comercial com muitas opções de compra, endereço de lojas mais populares e também de lojas de luxo – em um trecho da avenida ficam lado a lado as lojas das marcas mais exclusivas e caras. Como já estava no final do dia, o cansaço estava batendo e a bateria do celular já tinha morrido, andamos um pouco pela avenida e decidimos voltar para o hotel. No dia seguinte, partiríamos para a próxima etapa da nossa viagem: a Rota Romântica.


Hora de nos despedirmos de Berlim.


A sofisticada Kurfürstendamm


Leia mais sobre os destinos que fizeram parte do nosso roteiro, clicando nos posts abaixo:


Nosso roteiro pela Alemanha e Praga


Berlim


Romantikstraße


Áustria


Praga

10 motivos para se apaixonar por Praga

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